BIBLIOTECA VIRTUAL EAF PARA TRABALHOS ESCOLARES

segunda-feira, julho 25

Imaginação de professor é... espacial! Galactic Suite Limited 2012 - Velhas e Novas Imagens do Hotel Espacial

          Chegaram as férias de julho. Uma semaninha de descanso bem merecido para todos os heróis educadores de nosso país e para esta galerinha que faz a nossa vida mais cheia de graça. Pensando em férias e dotada de uma fértil imaginação de professora, pensei em fazer uma rápida viagem com a família, algo básico, como uma visitinha ao espaço por exemplo. Faz tempo que não vou lá!
          Como terei apenas três dias para este luxo, tudo terá que ser muito rápido, inclusive o transporte, e claro a úniva opção é ir de foguete. Então lembrei que ainda tinha a questão da hospedagem para resolver e imediatamente lembrei das notícias que circularam nos meios de comunicação em meados de 2007 sobre o Galactic Suite Limited, o hotel do espaço.
          O inédito resort orbitará a 450 km da Terra que será perfeitamente vista das janelas do hotel com previsão de abertura em 2012. Por quatro dias e três noites, os turistas espaciais gastarão 3 milhões de euros. As cápsulas completarão uma volta no planeta a cada 80 minutos e permitirão aos ricos clientes, como eu professora do ensino público, admirarem 15 auroras a cada 24 horas.
          O transporte será realizado por foguetes russos lançados de um spaceport que será construído em uma ilha do Caribe.  Um luxo só! Como já  estamos em 2011 resolvi transferir meus planos para as férias de verão em 2012 e, como  diz o velho ditado, de que o prevenido jamais será vencido, fui logo para a internet a procura de imagens da obra.  Selecionei algumas para apreciação.
          Quem tiver novas informações faça-me o favor de avisar!

                                                               Profª Liliam Menaré




















Brincadeiras aparte. Comentem!

domingo, julho 24

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 7-7: Queda livre II

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 7-6: Queda livre I

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 9-4: Movimento retrógrado dos p...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 7-4: Movimento uniformemente va...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 7-2: Movimento retilíneo uniforme

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 6-5: Aceleração da gravidade

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 6-4: Aceleração instantânea

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 6-3: Aceleração média

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 6-2: Um exemplo de aceleração

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 6-1: Aceleração -Introdução

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 6-1: Aceleração -Introdução

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 5-7: Análise gráfica da velocid...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 5-6: Velocidade instantânea

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 5-5: Análise gráfica da velocid...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 5-4: Análise gráfica da velocid...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 5-3: Análise gráfica da velocid...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 5-2: Velocidade média e velocid...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 5-1: Velocidade - Introdução

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 4-7: Latitude e longitude

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 4-6: Trajetória e distância per...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 4-5: Deslocamento em duas dimen...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 4-4: Deslocamento em uma dimensão

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 4-3: Posição em duas dimensões

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 4-2: Posição em uma dimensão

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 4-1: Posição e Deslocamento - I...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 3-5: Multiplicação de vetores

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 3-4: Soma e subtração de vetores

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 3-3: Vetores

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 3-2: Grandezas escalares e veto...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 3-1: Sistemas de coordenadas

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-12: Escalas de tempo

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-11: Relógios marcam instantes...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-10: Cronômetros medem interva...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-9: Referencial de tempo

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-8: Instante de tempo e interv...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-7: Linha do tempo

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-6: Unidades de tempo

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-5: Relógios modernos

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-4: Relógios de pêndulo

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-3: Primeiros instrumentos par...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-2: Padrões de tempo

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 2-1: Tempo - Introdução

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 1-6: Os prefixos do SI

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 1-7: Incertezas e algarismos si...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 1-5: O Sistema Internacional de...

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 1-4: Análise do exemplo de medição

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 1-3: Um exemplo de medição

Prof. Anderson: Aula de Física em Flash. 1-1: Medições - Introdução

Akatu Projeto de Educação Ambiental: Relato de Experiência na E.E.E.M. Adolfo Fetter

Akatu Projeto de Educação Ambiental: Relato de Experiência na E.E.E.M. Adolfo Fetter: "Curso de formação continuada de professores Eder e Fabiane No dia 21 de julho fomos a Escola Estadual de Ensino Médio Adolfo Fetter , real..."

Biologia, aprender rindo!

sábado, julho 23

Biologia Animada

Entre...  http://www.johnkyrk.com/index.pt.html
Entre...  http://www.biologiaanimada.hd1.com.br/

Nacimiento de un delfín

Motivação para Viver - Qualidade de Vida

Saúde e Atividade Física

Beneficios da Atividade Física

A Contração Muscular (Parte 4 de 4)

A Contração Muscular (Parte 3 de 4)

A Contração Muscular (Parte 2 de 4)

A Contração Muscular (Parte 1 de 4)

Atividade Física faz bem ao cérebro.wmv

sexta-feira, julho 22

Professor Jesus


Tudo bem, Cristo era o Mestre. Mas o que teria acontecido se ele também fosse educador?
Alguém pensou nisso e escreveu uma versão do Sermão da Montanha:
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- “Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão sasciados. Felizes os misericordiosos, porque eles…”
Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar no caderno?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos?
Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros
curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:- Quero ver as avaliações da Provinha Brasil, da Prova Brasil e demais testes e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor efetivo…
Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos. Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu. Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria…
Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor… Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou…


"Somete o professor que tem Jesus como seu mestre poderá ser um mestre professor. Muitos são os que têm este título, mas poucos são os verdadeiros mestres !" 

quinta-feira, julho 21

Jornal Hoje 0607 2011 Tecnologia pode contribuir com o meio ambiente

Prefiro as notícias boas. São elas que nos dão esperança e a certeza de que nem tudo está perdido. O ser humano é surpreendente em suas invenções. Espero que nosso prefeito invista nesta tecnologia e aposte em um futuro melhor para a nossa gente. Será?

Galinha Pintadinha - videoclip infantil animado

Galinha Pintadinha Mestre André Músical Infantil HD

Marcha Soldado Galinha Pintadinha

Indiozinhos

A Galinha Pintadinha 2 a canoa virou

Atirei o pau no gato - DVD Galinha Pintadinha 2 - para crianças e bebês

A VACA FOI PRO BREJO

PULGUINHA NA CUECA DO VOVÔ

Pintinho Amarelinho - DVD Galinha Pintadinha

TÁ NA HORA DO LANCHINHO, DE ESCOVAR OS DENTINHOS E AGRADECER PAPAI DO CÉ...

VAMOS PRESERVAR - VÍDEO SOBRE RECICLAGEM E MEIO AMBIENTE

Absurdo - Vanessa da Mata

A história das coisas

Quero ver todo mundo...

A Lua e o Vento


Ilustração Dia Porto
Dizem os mais antigos que uma jovem índia da tribo dos Carajás estava sendo perseguida por um pretendente. Mas ela não gostava dele, não tinha amor por ele e estava ficando bem chateada com a insistência daquele índio.Quando já não aguentava mais tanta perseguição, a moça foi procurar a ajuda de um poderoso feiticeiro carajá, que lhe disse:
"Para libertar você desse índio, eu poderia transformá-la em uma estrela. Assim, você viveria lá no céu, bem longe do rapazinho chato."
Ela aceitou. O feiticeiro, jogando muita fumaça sobre ela e cantando um canto mágico, transformou a jovem índia em uma linda e brilhante estrela. Seu brilho era tão forte que se refletia na superfície dos rios e lagos da Terra.
O índio apaixonado, quando soube o que havia acontecido, foi rapidamente consultar um outro poderosíssimo feiticeiro, que disse a ele:
"O que eu posso fazer é transformá-lo em vento. Desta forma, você poderá voar até perto da sua amada e ficar com ela, nos céus, para sempre".
Já cheio de saudades da indiazinha, o rapaz disse que sim. O velho bruxo carajá fez, então, a sua magia, e o índio foi transformado em um bonito vento.
O índio-de-vento começou a subir em direção aos céus mas, quando já estava bem alto, virou-se em direção à Terra e percebeu o brilho da estrelinha amada refletido nas águas, lá embaixo. Irritado, voltou-se em direção ao reflexo o mais depressa que podia. E alcançou grande velocidade.
O pai do moço, que assistia a tudo apavorado, pediu ao feiticeiro:
"Faça alguma coisa, depressa, antes que meu filho se arrebente todo! Apague as estrelas! Apague as estrelas, rápido!"
O grande bruxo índio queria atender o pedido daquele pai desesperado, mas sabia perfeitamente que era impossível apagar as estrelas. Então, ele teve uma idéia:
"Vou criar a Lua", disse. "Assim, a luz desse novo astro fará com que o reflexo das estrelas desapareça completamente da superfície das águas".
Assim que o índio-de-vento viu a novidade, e assim que percebeu que as estrelas não estavam mais refletidas nos rios e nos lagos, voltou a subir em direção aos céus e, lá, viveu para sempre ao lado da amada.
Que, podemos deduzir, não gostou nada do final da história!
História do folclore indígena, recontada para o Mingau Digital pelo poeta e museólogo Mário Chagas.

A Raposa e a Cegonha

Ilustração Dia Porto
Um belo dia, a raposa encontrou a cegonha e convidou-a para jantar. Como fosse pobre e estivesse sem tempo, fez apenas uma sopinha rala e a serviu em um único prato, sobre uma mesa.
Acontece que a cegonha tinha um bico muito duro e comprido e, cada vez que tentava tomar a sopa, o bico batia no fundo do prato e ela nada conseguia beber. A raposa, esperta, aproveitou-se disso e lambeu a sopa toda.
Alguns dias depois, a cegonha quis se vingar daquele jantar em que voltara para casa com fome. Assim, convidou a raposa para um banquete em sua casa. A raposa, que era bem gulosa, aceitou muito contente.
Na hora do jantar, o cheirinho delicioso de carne perfumava o ar. A raposa sentou-se depressa à mesa, esperando a comida chegar. Neste momento, a cegonha entrou na sala, e colocou sobre a mesa um vaso de gargalo estreito e muito comprido. Lá dentro, estava a carne macia e cheirosa que seria o jantar dos dois bichinhos.
Vocês já perceberam o que aconteceu? Pensem um pouco, e só então continuem a ler.
Advinharam? A cegonha, com seu bico fino e comprido, conseguiu comer toda a carne, enquanto que a raposa tentava enfiar lá dentro o focinho, sem sucesso.
Pobre raposa! Quis dar uma de esperta, e só o que conseguiu foi levar para casa sua barriga, roncando de tão vazia.
E La Fontaine diz, ao final desta fábula: "Embusteiros, é para vocês que eu escrevo; esperem sempre pelo troco. Quem planta, colhe."
Mingau Digital conta aqui uma fábula de La Fontaine (pronuncia-se "La Fonténn"), um francês que nasceu em 1621.

O Negrinho do Pastoreio

Ilustração Dia Porto
Conta-se que, há muitos anos, quando ainda havia escravidão no Brasil, vivia no sul um menininho negro. Os pais dele tinham sido vendidos para um outro dono, e ele acabou ficando sozinho em uma fazenda. Como ninguém sabia o nome que seus pais haviam lhe dado, acabaram chamando o menino de Negrinho do Pastoreio, já que ele era um excelente pastor.
Negrinho era muito devoto de Nossa Senhora. Uma noite, um dos cavalos mais bonitos do patrão, que estava sob os cuidados dele, desapareceu. O menino pegou uma vela, rapidamente, e saiu pelo meio da escuridão para procurar o bicho, rezando para que o encontrasse. Quando seus pés já estavam feridos de tanto caminhar, suas preces foram atendidas. Os pingos da vela cairam no chão e se transformaram em uma enorme e maravilhosa fogueira, que iluminou todo o campo. Assim, Negrinho pode encontrar o cavalo e levá-lo de volta, sem que ninguém desse pela sua falta.
Mas, no outro dia, o cavalo fugiu de novo. Dessa vez o patrão ficou sabendo e, furioso com o pastorzinho, mandou matá-lo porque não tinha cumprido o seu serviço direito. Chamou o capataz da fazenda, e ordenou que ele levasse o menino para um formigueiro e o deixasse lá, todo amarrado, para que fosse comido vivo pelas formigas. O capataz obedeceu, chorando de tristeza, e abandonou a criança à sua própria sorte.
Mas, na manhã seguinte, resolveu que deveria salvar o menino, mesmo que corresse o risco de ser despedido. Correu até o formigueiro, certo de que encontraria Negrinho muito ferido e quase à morte. Lá chegando, teve uma enorme surpresa: lá estava o pastor, ao lado do cavalo fujão, cercado por uma luz dourada e sem nenhuma picada no corpo. O menino disse ao capataz:
"Eu estou indo embora. Sei que você é generoso e que queria me salvar. Como agradecimento, vou ajudá-lo sempre a recuperar qualquer coisa que você perder. E vou fazer o mesmo com todas as crianças. Diga a elas para chamarem por mim sempre que precisarem encontrar algo."
Nesse instante, uma nuvem de passarinhos apareceu e levou Negrinho para longe. Ele nunca mais foi visto, mas, daquele dia em diante, todas as crianças daquela região que perdem seus brinquedos, bichos de estimação ou outras coisas, acendem uma vela e pedem assim:
"Querido Negrinho do Pastoreio, leve esta luz a Nossa Senhora e encontre tudo o que já perdi."
(Mas, se você for pequeno e quiser tentar, por favor, peça a um adulto para acender a vela com você, OK?)

Curupira

Ilustração Dia Porto
Tem muita gente que diz e que jura que já viu por aí o Curupira, um gênio misterioso e poderosíssimo que assombra e protege as florestas do Brasil. Qualquer pessoa que derrubar, sem motivo, as árvores ou caçar os animais do mato é punido por essa criatura mágica.
Esse guardião das florestas tem muitas formas e maneiras de ser, de acordo com a região do Brasil em que aparece.
Na Amazônia, por exemplo, quem já viu diz que ele é um índio bem pequenininho, careca e com o corpo coberto de pêlos. Ali, ele é conhecido como "Curupira", mesmo, e anda por todo o Nordeste montado em um porco-do-mato, coelho ou veado. Já no resto do Brasil, ele é conhecido como Caipora. Em Pernambuco, dizem que ele tem uma enorme cabeleira vermelha e anda acompanhado pelo cachorro Papa-mel.
Mas, uma coisa nunca muda, em todas as histórias de Curupira: ele tem os pés virados para trás, ficando, portanto, com os calcanhares para a frente. Quem tenta persegui-lo não sabe, pelas pegadas deixadas no chão, se o geniozinho está indo ou voltando! Não é prático?!
E o Curupira é maluco por fumo. Quem o encontrar no meio do mato e lhe der um cigarrinho ou cachimbinho, pode contar que terá, daí para diante, caça e pesca à vontade. Dizem que, para quebrar o encanto do Curupira, o caçador ou lenhador por ele perseguido deve fazer três cruzes de pau e colocá-las no chão, formando um triângulo. A criaturinha se demora desfazendo as cruzes e o caçador consegue fugir.
Dizem que qualquer barulho que ecoe pela floresta ou qualquer árvore caída é trabalho do Curupira. Isto porque, para ver se as árvores estão firmes e resistem à tempestade, ele bate em seus troncos com um machado e, às vezes, com o próprio calcanhar. Para castigar os que caçam ou cortam as árvores sem necessidade nas florestas, o Curupira - ou Caipora - aparece sob a forma de animal. O caçador segue o bicho mato a dentro e acaba se perdendo.
Quantos Curupiras você acha que seriam necessários para dar jeito no desmatamento do Brasil?
Esta história, muito conhecida do folclore brasileiro, veio de um estudo realizado por Câmara Cascudo sobre vários mitos do Brasil.

O Príncipe que se Casou com a Rã

Ilustração Dia Porto
Era uma vez um rei que tinha três filhos que precisavam se casar. Para que não houvessem brigas na escolha das esposas, o rei disse: "Peguem esta funda e atirem uma pedra o mais longe que puderem. No lugar onde a pedra cair é que cada um de vocês irá buscar uma esposa.
Assim fizeram os três filhos. O mais velho lançou uma pedra que caiu sobre o teto de um forno; ele se casou com a filha do padeiro. O segundo lançou sua pedra, e ela caiu sobre o telhado da casa de uma tecelã. E foi com ela que o rapaz se casou.
Mas a pedra do príncipe mais novo caiu em um fosso!
O rei disse aos três irmãos: "A melhor esposa herdará o reino. Vamos fazer uma prova. Vou dar a cada uma das mulheres uma planta. Ao final de três dias, elas devem ter transformado a planta em fibra, a fibra em linha e a linha em tecido. Quem tecer o melhor tecido, vence!"
Os dois filhos mais velhos levaram as plantas para suas mulheres fiarem, mas o terceiro foi até o fosso e se pôs a chamar:
"Rãzinha! Rãzinha!""Quem me chama?", perguntou a rã."O seu amor que pouco te ama!"
"Se não me ama, me amará, quando bela me encontrar!"
E a rã saltou para uma folha. O rapaz deu-lhe a planta que o rei lhe entregara, e disse à rã que voltaria para pegar o tecido bem fiado em três dias.
E assim ele fez. Ao final de três dias, foi até o fosso e chamou:
"Rãzinha! Rãzinha!""Quem me chama?", perguntou a rãzinha."O seu amor que pouco te ama!"
"Se não me ama, me amará, quando bela me encontrar!"
E saltou, mais uma vez, para fora da água , desta vez trazendo uma noz. O rapaz ficou envergonhado de entregar a seu pai apenas uma noz, enquanto seus irmãos levavam os finos tecidos que suas mulheres haviam tecido. Mas tomou coragem, e lá se foi a caminho do rei.
As cunhadas do rapaz haviam fiado bem, especialmente a tecelã, já que fiar era, mesmo, a sua profissão. Mas quando o rei abriu a noz do filho mais novo, surgiu um tecido tão fino e delicado quanto a seda, e em tal quantidade que encheu todo o salão real.
É claro que o rei não achava nenhuma graça em dar o reino para uma... rã! Então, inventou uma nova prova. Deu a cada irmão um filhote de cachorro de uma de suas cadelas de caça e disse: "Daqui há um mês, quem me trouxer o cão mais robusto e bonito será a rainha".
Um mês se passou. O cão da padeira ficou grande e gordo, porque comera muito pão. O cão da costureira ficou muito mirradinho, porque quase não comera nada. O terceiro irmão, porém, trouxe uma caixinha. Quando o rei a abriu, saltou lá de dentro um cãozinho perfeito, cheio de vida, musculoso e bem alerta.
"Não há duvidas de que este é o melhor cão de todos!", exclamou o rei. "A rã será a nova rainha!".
O filho caçula foi até o fosso e encontrou a rã, que o esperava em uma carroça feita de folhas, puxada por quatro lesmas. Começaram a andar todos juntos, mas as lesmas eram muito lerdas e o filho do rei se adiantou, parando para dormir um pouco enquanto esperava que o estranhíssimo cortejo o alcançasse.
Quando acordou, porém, viu que as lesmas haviam se transformado em cavalos brancos. A carroça era, agora, uma bela carruagem de ouro forrada de veludo. Dentro, estava a rã, ou melhor, uma linda mocinha, vestida de verde esmeralda.
"Quem é você?", perguntou o príncipe, verde de emoção.
"Sou a rã, é claro", disse a jovem. "Ou melhor, era. Uma bruxa havia me transformado de princesa em rã, dizendo que eu só voltaria a ser princesa novamente se me casasse com o filho de um rei que quisesse se casar comigo sem saber quem eu era realmente."
O rei, naturalmente, ficou felicíssimo em saber que não seria genro de uma rã, mas de uma lindíssima princesa. E todos ficaram muito contentes e comeram toneladas de lasanhas, espaguetis fettuccini (comidas bem italianas) nos três dias que durou a festa do casamento!

A Lenda da Mandioca

Ilustração Dia Porto
Contam os índios tuxaua que, há muito tempo atrás, a filha de um poderoso chefe foi expulsa de sua tribo porque havia ficado grávida misteriosamente. Ninguém (nem ela!) sabia quem era o pai da criança.
Por isso, a índia foi morar em uma velha cabana, bem longe da aldeia. Alguns parentes levavam comida para ela todos os dias. E assim se passaram muitos meses. Um dia, a índia deu à luz uma menina muito branca e muito bonita, a quem ela chamou de Mani.
Todos ficaram sabendo da notícia, e de como era branca e linda a neta do chefe! Cheio de curiosidade, o velho índio viajou até a cabana para ver Mani. A criança era mesmo muito especial. E o avô logo esqueceu as mágoas que tinha contra a filha!
A criança cresceu amada por todos. Mas, assim que completou três anos de idade, morreu de repente. Não ficou doente, nem fraquinha, nem nada. Apenas, morreu.
A mãe ficou desesperada, mas nada pode fazer. Assim, enterrou a filha perto da cabana e, ali, chorou, chorou e chorou, durante muitas horas. Suas lágrimas corriam pelo seu rosto e iam pingar no chão da floresta, no lugar onde Mani fora enterrada.
De repente, a pobre mãe viu uma brotar, num instante, da terra molhada, uma planta! Parecia um verdadeiro milagre, toda a tribo veio ver! As raízes da plantinha eram brancas, como Mani, e em forma de chifre.
Todos quiseram provar daquela raiz miraculosa. E foi assim que a mandioca ("Mani", a criança morta, e "aca", chifre) se tornou o principal alimento dos índios da Amazônia!

Mais: Sobre a cultura da mandioca pelos índios, veja no site do Museu do Índio.


Índio-guaraná

Ilustração Dia Porto

Dizem os índios que, uma vez, há muito tempo atrás, vivia um casal que não conseguia ter filhos.
Como eles queriam muito uma criancinha, rezaram para que Tupã, o deus supremo, lhes fizesse a vontade. Tupã olhou nos corações do índio e da índia e viu que eles eram bons e honestos. Assim, resolveu atender o desejo do casal e lhes deu de presente um menino.
O indiozinho cresceu forte e bonito, trazendo muitas alegrias a seus pais e à toda a tribo. Porém, o deus da escuridão, chamado Jurupari (você já reparou que há sempre um malvado que vem estragar a alegria dos outros nas histórias de todos os povos?), começou a ter inveja do menino, exatamente porque ele trazia felicidade e muita paz à todos. A inveja cresceu e cresceu, até que Jurupari resolveu acabar com aquilo de vez: aproveitou um momento de distração da criança e, transformando-se em cobra, mordeu o menino e matou-o com seu veneno.
Todos ficaram desesperados com a notícia da morte do indiozinho. Mas, de repente, trovões estrondosos se ouviram nos céus. A mãe da criança morta percebeu que o trovão era a voz de Tupã, dizendo: "Mulher! Planta na terra os olhos de teu filho tão injustamente assassinado. Não posso fazer a criança voltar à vida, mas farei nascer dos olhos dela uma fruta maravilhosa, que muitos prazeres trará ao teu povo!"
Assim a índia fez. Plantou os olhos do filho e, pouco depois, viu brotar da terra uma planta que deu um fruto negro, com um aro ao redor, como se fossem... olhos!
Assim surgiu o guaraná, um fruto da Floresta Amazônica que é usado para dar energia a quem o bebe.
Certamente você já tomou guaraná sob a forma de refrigerante. Mas existe também à venda o pó para fazer refresco. Que tal experimentar um autêntico suco indígena esta semana?
Nota: O guaraná é um cipó lenhoso que cresce sobre as árvores e pode alcançar até 10 metros de extensão. É usado pelos índios da Amazônia há centenas de anos. O cipó dá um fruto vermelho e alaranjado, mas a parte que se usa para fazer o guaraná que você conhece é só a semente (fonte desta informação: Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

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