
Era uma vez um rei que tinha três filhos que precisavam se casar. Para que não houvessem brigas na escolha das esposas, o rei disse: "Peguem esta funda e atirem uma pedra o mais longe que puderem. No lugar onde a pedra cair é que cada um de vocês irá buscar uma esposa.
Assim fizeram os três filhos. O mais velho lançou uma pedra que caiu sobre o teto de um forno; ele se casou com a filha do padeiro. O segundo lançou sua pedra, e ela caiu sobre o telhado da casa de uma tecelã. E foi com ela que o rapaz se casou.
Mas a pedra do príncipe mais novo caiu em um fosso!
O rei disse aos três irmãos: "A melhor esposa herdará o reino. Vamos fazer uma prova. Vou dar a cada uma das mulheres uma planta. Ao final de três dias, elas devem ter transformado a planta em fibra, a fibra em linha e a linha em tecido. Quem tecer o melhor tecido, vence!"
Os dois filhos mais velhos levaram as plantas para suas mulheres fiarem, mas o terceiro foi até o fosso e se pôs a chamar:
"Rãzinha! Rãzinha!""Quem me chama?", perguntou a rã."O seu amor que pouco te ama!""Se não me ama, me amará, quando bela me encontrar!"
E a rã saltou para uma folha. O rapaz deu-lhe a planta que o rei lhe entregara, e disse à rã que voltaria para pegar o tecido bem fiado em três dias.
E assim ele fez. Ao final de três dias, foi até o fosso e chamou:
"Rãzinha! Rãzinha!""Quem me chama?", perguntou a rãzinha."O seu amor que pouco te ama!""Se não me ama, me amará, quando bela me encontrar!"
E saltou, mais uma vez, para fora da água , desta vez trazendo uma noz. O rapaz ficou envergonhado de entregar a seu pai apenas uma noz, enquanto seus irmãos levavam os finos tecidos que suas mulheres haviam tecido. Mas tomou coragem, e lá se foi a caminho do rei.
As cunhadas do rapaz haviam fiado bem, especialmente a tecelã, já que fiar era, mesmo, a sua profissão. Mas quando o rei abriu a noz do filho mais novo, surgiu um tecido tão fino e delicado quanto a seda, e em tal quantidade que encheu todo o salão real.
É claro que o rei não achava nenhuma graça em dar o reino para uma... rã! Então, inventou uma nova prova. Deu a cada irmão um filhote de cachorro de uma de suas cadelas de caça e disse: "Daqui há um mês, quem me trouxer o cão mais robusto e bonito será a rainha".
Um mês se passou. O cão da padeira ficou grande e gordo, porque comera muito pão. O cão da costureira ficou muito mirradinho, porque quase não comera nada. O terceiro irmão, porém, trouxe uma caixinha. Quando o rei a abriu, saltou lá de dentro um cãozinho perfeito, cheio de vida, musculoso e bem alerta.
"Não há duvidas de que este é o melhor cão de todos!", exclamou o rei. "A rã será a nova rainha!".
O filho caçula foi até o fosso e encontrou a rã, que o esperava em uma carroça feita de folhas, puxada por quatro lesmas. Começaram a andar todos juntos, mas as lesmas eram muito lerdas e o filho do rei se adiantou, parando para dormir um pouco enquanto esperava que o estranhíssimo cortejo o alcançasse.
Quando acordou, porém, viu que as lesmas haviam se transformado em cavalos brancos. A carroça era, agora, uma bela carruagem de ouro forrada de veludo. Dentro, estava a rã, ou melhor, uma linda mocinha, vestida de verde esmeralda.
"Quem é você?", perguntou o príncipe, verde de emoção."Sou a rã, é claro", disse a jovem. "Ou melhor, era. Uma bruxa havia me transformado de princesa em rã, dizendo que eu só voltaria a ser princesa novamente se me casasse com o filho de um rei que quisesse se casar comigo sem saber quem eu era realmente."
O rei, naturalmente, ficou felicíssimo em saber que não seria genro de uma rã, mas de uma lindíssima princesa. E todos ficaram muito contentes e comeram toneladas de lasanhas, espaguetis e fettuccini (comidas bem italianas) nos três dias que durou a festa do casamento!
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