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quinta-feira, julho 21

Urashima Taro


Esta é a história de um pescador que vive uma aventura no Império do Mar. É uma famosa lenda do folclore japonês.
Ilustração Dia PortoFazia um belo dia de sol naquela praia do Japão. Mas, como gente má existe tanto ao sol e na chuva, um grupo de garotos maltratava uma pequena tartaruga na areia.
Vendo isso, Urashima Taro, um pescador que morava por ali, correu em direção a eles. Salvou a tartaruga e devolveu-a ao mar.
No dia seguinte, Urashima estava de novo na praia pescando, quando uma enorme tartaruga se aproximou dele.
"A tartarugazinha que você salvou ontem é filha do Imperador do Mar" - ela disse. "Ele gostaria de ver você para agradecer o que você fez."
Urashima ficou encantado! Subiu nas costas da tartaruga e os dois mergulharam no mar.
"Vou fazer um feitiço para que surjam brânquias em você, Taro" - disse a grande tartaruga. "Assim, você conseguirá respirar debaixo d'água."
E foram os dois lá para o fundo mais fundo do mar, até chegarem ao palácio do rei-dragão, Ryugu-jo.
Era um enorme palácio enfeitado de algas, pérolas e corais de todas as cores. Peixes-elétricos forneciam energia, de modo que tudo estava lindamente iluminado.
O pescador entrou no edifício e se encontrou com o imperador e sua filha, a pequena tartaruga. Que, é claro, não era uma tartaruga de verdade, e sim uma bela princesa.
Muitas festas foram dadas em homenagem a Urashima Taro, e ele acabou ficando no palácio vários dias. Afinal, era tudo muito agradável e divertido.
Mas o pescador começou a sentir saudades de casa, da sua cidade, da sua mãe e do seu pai.
"Acho que gostaria de voltar para casa, agora" - disse ele à princesa.
O imperador ficou triste, mas não impediu a volta de Taro. E lá se foi o rapaz de volta à sua vila, levando nas costas uma arca, que a princesa lhe dera de presente ao partir.
"Só abra quando ficar bem velho e de cabelos brancos. Prometa." - pediu a moça.
"Eu prometo." - disse Taro.
Urashima chegou em sua vila, mas levou um susto. Tudo estava completamente mudado! Havia ruas novas, praças e prédios que ele nunca tinha visto. E não havia ninguém que ele conhecesse. Como isso era possível?
Pergunta daqui, pergunta dali, ele acabou descobrindo que o tempo no Reino do Mar passava bem mais devagar do que em terra firme. Enquanto ele estava lá embaixo, haviam se passado 300 anos! Sua mãe, seu pai, seus primos, o padeiro, a professora - todos haviam morrido há muito tempo atrás.
Horrorizado, o pescador voltou à praia e chorou, chorou, gritou e chorou mais. Ficou na areia horas a fio, esperando reencontrar a tartaruga. Mas ela não aparecia.
Com raiva, acabou abrindo a arca que a princesa lhe dera. Lá de dentro foi saindo uma nuvenzinha de fumaça branca, que desceu para o chão e começou a envolvê-lo lentamente, subindo pelos pés.
O corpo de Urashima foi ficando todo enrugado, curvado, velhinho. Cresceu-lhe uma barba, seu cabelo ficou branco e ele foi perdendo os dentes. Mal ouviu a voz triste da princesa, vinda do fundo do mar:
"Eu avisei, Urashima. Não era para abrir a arca. Nela, estavam todos os seus anos."
Aquela arca mágica guardava a eterna juventude de Urashima Taro. O pescador, irritado e impaciente, acabava de perdê-la para sempre.
Para discutir com pais e amigos:
Tartaruga respira debaixo d'água?
Será que Urashima queria viver assim, em meio a estranhos? Afinal, o povo do mar era bom ou era mau?
Se você fosse convidado a visitar um reino mágico, gostaria de voltar para casa ou ficaria lá para sempre?
 

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